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Astrojildo Pereira Duarte Silva (Rio Bonito, 1890Rio de Janeiro, 21 de novembro de 1965) foi um escritor, jornalista, crítico literário e político brasileiro, fundador do Partido Comunista do Brasil, em 1922.
Na juventude, como gráfico, fez parte de organizações operárias de orientação anarco-sindicalistas, sendo um dos organizadores do segundo Congresso Operário Brasileiro, em 1913. Próximo aos principais líderes da Confederação Operária Brasileira, casou-se com a filha do anarquista Everardo Dias.
Em 1918, foi preso por organizar uma fracassada insurreição anarquista no Rio de Janeiro. Libertado em 1919, tornou-se simpatizante do bolchevismo russo, fundando em 1921 o Grupo Comunista do Rio de Janeiro (1921). No ano seguinte, em março de 1922, reuniu os vários grupos bolchevistas regionais para criar o Partido Comunista do Brasil, em março de 1922, reconhecido dois anos depois como Seção brasileira da III Internacional.
Sua primeira viagem à União Soviética foi em 1924, na condição de secretário-geral do partido. No ano seguinte, junto com Otávio Brandão, iniciou a publicação do jornal A Classe Operária, órgão oficial do PCB. Em 1927, viajou à Bolívia para entrar em contato com o líder tenentista refugiado Luís Carlos Prestes, afim de aproximá-lo do marxismo-leninismo. Em 1928, passou a ser um dos integrantes do comitê executivo da III Internacional.
Após viver em Moscou entre fevereiro de 1929 e janeiro de 1930, voltou ao Brasil com a missão de impor a proletarização do partido, combatendo as influências anarquistas e substituindo intelectuais por operários. No entanto, essa política de "obreirização" acabou atingindo ele próprio em novembro do mesmo ano, quando foi afastado da secretaria-geral do PCB. No ano seguinte, desligou-se do partido e e passou a colaborar no jornal carioca Diário de Notícias e na revista Diretrizes. Como crítico literário, especializou-se nas obras de Machado de Assis e Lima Barreto.
Em 1945, retornou ao PCB, passando a colaborar com sua imprensa partidária. No entanto, após a cassação do partido, em 1947, a diretriz política sectária ordenada por Prestes até 1956, acabaram o afastando novamente do PCB.
Após a instauração do governo militar, em 1964, foi preso no mês de outubro, por três meses, já em estado de saúde precário. Em 2000 o Partido Popular Socialista cria a FAP — Fundação Astrojildo Pereira, com o objetivo de preservar a memória do fundador do PCB e dos militantes comunistas brasileiros através de estudo e pesquisa.
1. Bibliografia
KONDER, Leandro. “Astrojildo Pereira: o homem, o militante, o crítico” In: Memória & História, no 1, Ciências Humanas, São Paulo, 1981.
OLIVEIRA, J. R. Guedes de Oliveira. Viva, Astrojildo Pereira! 4ª capa de Antonio Cândido. São Paulo, Fundação Astrojildo Pereira, 2005. 228 pp.
FEIJÓ, Martin Cézar. Formação política de Astrojildo Pereira (1890-1920). São Paulo, Novos Rumos, 1985.
FEIJÓ, Martin César. O revolucionário cordial: Astrojildo Pereira e as origens de uma política cultural. São Paulo, Boitempo Editorial, 2001.
LENA JR., Hélio de. Astrojildo Pereira: um intransigente libertário (1917-1922). Vassouras, Universidade Severino Sombra, 1999. Dissertação de mestrado; orientador: Lincoln de Abreu Penna.